quarta-feira, 30 de março de 2011

A volta dos que quase não chegaram

Quero deixar claro que esta é a minha versão, pois com certeza a do comandante é bem diferente.

No domingo de carnaval fomos para Maragojipe, uma cidade localizada no recôncavo baiano, que preserva um dos carnavais mais tradicionais do Estado da Bahia: o carnaval de máscaras.

Depois de passarmos uma tarde deliciosa em Maragojipe, comido o feijão de D. Helena, tirado uma soneca em algum canto da casa e (de quebra) devorado o bolo de aniversário do filho de Zequinha (meu ídolo), resolvemos zarpar às 21 horas.

A paisagem do Paraguaçu durante o dia é linda, mas o céu nas noites sem luar, revelando tantas constelações e estrelas cadentes, foi algo mágico.

Enquanto o comandante, apontando as constelações com seu refletor super potente, dava aulas de astronomia, o motor pô pô pô pô.... Parou! Mexe de lá, mexe de cá e nada! O motor até ligava, mas sempre que acelerava ele pô pô pô... Acho que a gasolina tava suja.

Com o barco super lotado (éramos 12), o comandante começou logo a se estressar, Vinícius teve um ataque de risos, teve gente que começou a cantar para as estrelas e eu comecei a traçar a estratégia de resgate: a ponte de Maragogipe não estava longe, qualquer coisa bastava pegar o bote e levar o excesso para dormir na cidade e o restante se ajeitaria no barco mesmo. Mas os bons ventos sopraram e abrimos a vela. O motor também voltou a funcionar e seguimos viagem com um olho na genoa e outro o profundímetro.

De repente um paredão cresceu na tela e encalhamos (claro, tava demorando para isso acontecer).

Enquanto Vinícius ria que nem uma hiena, o capitão foi para a frente do barco analisar a situação e Zequinha (nosso herói) pulou na água para desencalhar o barco. Aí os outros pularam também e ficaram no veleiro apenas mulheres, idosos e sonolentos.

Desencalhamos e lá fomos nós rumo a Salinas da Margarida. Mas quando já estávamos perto acabou o combustível e o motor parou novamente.

Ainda bem que estávamos em um veleiro. Os bons ventos sopraram novamente e, depois de 5 horas no mar, conseguimos aportar em Salinas da Margarida em segurança.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval Desajustado 1

Eu já estava de malas prontas para curtir o carnaval em Salinas da Margarida com a família. A idéia era sair às 04:30 da madruga para tentar não pegar fila no Ferry Boat.

Para minha alegria o Desajustado apareceu me convidando para ir com ele, já que seus planos de ir para Morro de São Paulo furaram (também, quem manda andar com gente frouxa?). Claro que eu topei e me livrei de ficar seis horas na fila do ferry (como aconteceu com meu pai).

O Desajustado está a cada dia mais arrumadinho, bem iluminado, com lixeirinha, banheiro funcionando (isso é muito importante) e nos levou tranquilamente para o nosso destino. Ondas mais agitadas em meio à nossa rota animou a viagem e os golfinhos saltando na Baía de Todos foi algo realmente lindo!

Após três horas velejando, chegamos em Salinas. Uma imensa água viva ou caravela (sei lá! Só Didi para me explicar!) tirou a atenção do marinheiro André (meu rei!), justamente na hora de amarrar o bote. E quando procuramos, ó ele lá indo embora... Ainda bem que a tripulação do Galã chegou em tempo para resgatá-lo.

Quando entramos nele descobrimos um novo problema: ele estava infestado de baratas!

Ah, esse bote tem é história...